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sábado, 29 de janeiro de 2011

Memórias de um demônio


Memórias de um demônio
Eu vou contar um segredo,um segredo profundo, no qual não vais acreditar, pois essa é a única defesa humana contra minha presença.
Eu nasci como espelho. Há séculos não recebia esse direito,e na ultima vez que aqui estivemos, eu e meus irmãos, quase nada restou da humanidade.
Hoje, estou aqui,e por onde passo, tudo deteriora, no prenúncio da espada pendente sobre a humanidade.
Tudo o que você pode ver em mim, é a você mesmo.
Toda fantasia construída em anos desmorona devido ao desconforto da visão  da minha pessoa.
A feia verdade que carregas dentro de ti, escondida,é o que aparece refletida no meu rosto.
Raríssimos são os me olham de frente e de verdade. Esses, são puros.
Os outros, não me vêem, nem me verão, pois estão condenados.
Viverão na sua mesquinharia e falsidade, até o dia do seu juízo.
E ao serem lembrados de que nos viram na terra, dirão que foram possuídos, amaldiçoados,injustiçados, e porão a culpa da sua vergonha em nós.
Para isso existimos.
Para distinguir, dividir como espada a natureza humana, entre aqueles capazes de amar ao todo, e os incapazes de  amar.
Meus irmãos estão aqui, nesse momento terreno.
Não nos foi concedido o encontro ainda, e se nosso enigma não for descoberto, logo estaremos juntos novamente.
Para nosso prazer, e a sua aniquilação.

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